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segunda-feira, 22 de julho de 2024

Estudo revela aumento de mercúrio em peixes no Ceará


Um estudo feito pela Fundação Cearense de Apoio ao Desenvolvimento Científico e Tecnológico (Funcap) e pelo Instituto Nacional de Ciência e Tecnologia de Transferência de Materiais Continente-Oceano (INCT-TCMO), em parceria com a Universidade Federal do Ceará (UFC), revelou informações acerca do pescado cearense. Segundo a pesquisa, o aumento das temperaturas globais pode estar causando uma elevação na quantidade de mercúrio presente nos mares e oceanos, que, por sua vez, se acumula no organismo de algumas das espécies de peixes mais consumidas, incluindo as do Ceará.

Segundo Luiz Drude, pesquisador da UFC e membro da Academia Mundial de Ciências, o mercúrio é extremamente forte e tóxico, sendo cumulativo e dificilmente eliminado pelo organismo. Dessa forma, peixes predadores, como tubarões, atuns e grandes peixes pelágicos, acabam apresentando níveis significativamente elevados de mercúrio.


Foto: Ilan Amith

“Esse mercúrio é resultado do impacto dessas mudanças globais que a gente está testemunhando no planeta. O mercúrio é um elemento volátil. A maior parte dele está na atmosfera e, eventualmente, se deposita nos solos, nos sedimentos. Aí quando você altera o uso do solo, provoca desmatamento ou erosão costeira, esse mercúrio é remobilizado. E, eventualmente, ele se acumula ao longo da cadeia alimentar em um processo natural, que é característico do elemento químico mercúrio”, explicou.