O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), deve suspender a implantação do Novo Ensino Médio (NEM). A motivação por trás da suspensão deve ser a pressão intensa para que o NEM seja revogado, por parte de entidades da educação e grupos ligados a profissionais da área. De acordo com esses grupos, não há infraestrutura adequada para que o sistema seja inserido nas escolas públicas do País.
Uma portaria deve ser divulgada nos próximos dias interrompendo os prazos anunciados para o modelo. As mudanças no Exame Nacional do Ensino Médio (Enem), também iriam ser realizadas com previsão para 2024, porém, elas foram interrompidas. Apesar da pressão, o ministro da Educação, Camilo Santana (PT), havia negado a possibilidade de revogação na sexta-feira (31), “Precisamos construir, fazer mudanças adaptadas às realidades e vendo as condições reais dos Estados e implementá-las como foi realizada nos últimos anos”, disse.
O novo sistema direcionado ao Ensino Médio havia sido aprovado em 2017, durante o governo de Michel Temer (MDB). Apesar do fator, as mudanças previstas no ano só foram inseridas em 2022. Entre as críticas voltadas ao projeto, são apontados a falta formação de professores para que os novos conteúdos previstos no modelo sejam aplicados, a falta de espaço para disciplinas tradicionais, a falta de diálogo com os setores da área e as diferenças de “itinerários formativos” entre as instituições.
O NEM eleva a carga horária dos estudantes e muda a distribuição das disciplinas. Os alunos também podem montar sua própria grade de aulas, podendo se aprofundar em áreas específicas. Há também a obrigatoriedade no cumprimento da carga horária de algumas áreas do conhecimento.
