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terça-feira, 25 de abril de 2023

Em Portugal, Lula condena violação da integridade territorial da Ucrânia


Nesta terça-feira, 25, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva discursou na Assembleia da República Portuguesa, em Lisboa. O líder brasileiro foi alvo de protestos de parlamentares do partido de extrema direita, mas também foi aplaudido por outras bancadas. Após a interrupção do discurso, na sua fala, o presidente afirmou acreditar “em uma ordem internacional fundada no respeito ao Direito Internacional e na preservação das soberanias nacionais”, voltando a opinar sobre a guerra entre Rússia e Ucrânia.


Foto: Ricardo Stuckert

Lula afirmou ainda que há uma onda crescente de ideologias extremistas, que estariam sendo impulsionadas pela “pela ditadura dos algoritmos”. Além disso, o presidente criticou os “políticos demagogos” que negam os benefícios conquistados com a paz e a cooperação na União Europeia.

“Quem acredita em soluções militares para os problemas atuais luta contra os ventos da história”, afirmou Lula, defendendo que nenhum solução de qualquer conflito será duradoura se não for baseada em diálogo. No discurso, Lula voltou a falar sobre sua preocupação com as crises alimentar e energética provocadas pela guerra e defendeu a ampliação do Conselho de Segurança das Nações Unidas.

Sobre os insultos recebidos dentro do Parlamento, o brasileiro classificou o ato como “uma “cena de ridículo”. “Eu acho que essas pessoas, quando voltarem para casa e deitarem a cabeça no travesseiro, vão pensar: ‘que papelão nós fizemos”, afirmou. O presidente do Parlamento português, Santos Silva, do Partido Socialista (PS) chegou a cobrar respeito durante a fala de Lula e, posteriormente, pediu formalmente desculpa ao presidente do Brasil. “Chega de insultos, chega de envergonhar as instituições, chega de envergonhar o nome de Portugal”, disse o parlamentar.