Usuarios On-line





sexta-feira, 21 de abril de 2023

Criança picada por escorpião em Barbalha não consegue andar nem falar

 

O pequeno Raimundo Neto, de 3 anos, foi picado por um escorpião na cidade de Barbalha no fim de fevereiro recebeu alta no sábado após dois meses. No entanto, a criança ficou com sequelas. Raimundo Neto não anda, não enxerga e tem dificuldades para falar.



De acordo com a mãe, a professora Nageane de Souza, a família busca ajuda para realizar o tratamento do filho. Ela afirma que o objetivo é conseguir profissionais especializados em problemas neurológicos.



"Ele precisa correr contra o tempo para tentar conseguir tudo o que ele tinha antes. Ele precisa de uma fisioterapeuta motora respiratória, tem que ser da área, pois o problema dele é todo neurológico. Fonoaudióloga também entre outros. O problema do meu filho é todo neurológico".



A mãe disse que conseguiu graças a uma amiga uma consulta com uma neuro-oftalmologista o que deixa ela muito grata.



"Minha amiga conseguiu encontrou uma neuro-oftalmologista aqui na região, acho que é a única que tem e ela deu para gente e fez questão de pagar. E agradeci demais esse apoio. Para saber se ele tem a possibilidade de voltar a enxergar", disse.



Demora para fornecer o soro

Nageane de Souza relata que quando filho chegou ao Hospital São Vicente de Barbalha e os profissionais não se preocuparam em dar o soro contra o veneno do escorpião.



"Não foi ofertado de imediato o soro para o meu filho porque nessas questões de picadas de insetos de bichos peçonhentos tem que ofertar o soro. E durante a tarde não foi ofertado. Eu não fui orientada a levar meu filho a outro hospital, a outra unidade para dar o soro. Deram o soro ao meu filho quando ele estava na UTI entre a vida e a morte. Tenho esse questionamento. Será que eles tivessem dado o soro ao meu filho tinha evitado todas essas complicações?", questiona.



"Eu estou super esperançosa. Sou grata a Deus por ele estar aqui comigo. Mas por outro lado, sinto falta das coisinhas que ele tinha. Sinto falta dele chamando meu nome, de ver ele correndo, andando na bicicletinha dele", afirmou, emocionada.



Sobre a demora de fornecer o soro, o Hospital São Vicente de Barbalha disse que por enquanto não vai se pronunciar sobre o caso.



Já sobre a distribuição do soro, a Secretaria da Saúde do Ceará (Sesa), afirmou que está regular. O soro é distribuído a 21 hospitais de referência da região de acordo com as solicitações das áreas. A pasta lembrou ainda que o Hospital Regional do Cariri é referência para o atendimento para pacientes que sofreram picadas de escorpião em Barbalha e outros cinco municípios da região.



Sobre o atendimento domiciliar que a família precisa, a Secretaria de Saúde do Município assegurou que tem dado assistência ao paciente desde a internação e já recebeu a solicitação sobre os profissionais necessários para acompanhar a criança em casa. Está agendado também atendimento para alguns profissionais e também atendimento ambulatorial nas clínicas.