O pequeno Raimundo
Neto, de 3 anos, foi picado por um escorpião na cidade de Barbalha no fim de
fevereiro recebeu alta no sábado após dois meses. No entanto, a criança ficou
com sequelas. Raimundo Neto não anda, não enxerga e tem dificuldades para
falar.
De acordo com a
mãe, a professora Nageane de Souza, a família busca ajuda para realizar o
tratamento do filho. Ela afirma que o objetivo é conseguir profissionais
especializados em problemas neurológicos.
"Ele precisa
correr contra o tempo para tentar conseguir tudo o que ele tinha antes. Ele
precisa de uma fisioterapeuta motora respiratória, tem que ser da área, pois o
problema dele é todo neurológico. Fonoaudióloga também entre outros. O problema
do meu filho é todo neurológico".
A mãe disse que
conseguiu graças a uma amiga uma consulta com uma neuro-oftalmologista o que
deixa ela muito grata.
"Minha amiga
conseguiu encontrou uma neuro-oftalmologista aqui na região, acho que é a única
que tem e ela deu para gente e fez questão de pagar. E agradeci demais esse
apoio. Para saber se ele tem a possibilidade de voltar a enxergar", disse.
Demora para
fornecer o soro
Nageane de Souza
relata que quando filho chegou ao Hospital São Vicente de Barbalha e os
profissionais não se preocuparam em dar o soro contra o veneno do escorpião.
"Não foi
ofertado de imediato o soro para o meu filho porque nessas questões de picadas
de insetos de bichos peçonhentos tem que ofertar o soro. E durante a tarde não
foi ofertado. Eu não fui orientada a levar meu filho a outro hospital, a outra
unidade para dar o soro. Deram o soro ao meu filho quando ele estava na UTI
entre a vida e a morte. Tenho esse questionamento. Será que eles tivessem dado
o soro ao meu filho tinha evitado todas essas complicações?", questiona.
"Eu estou
super esperançosa. Sou grata a Deus por ele estar aqui comigo. Mas por outro
lado, sinto falta das coisinhas que ele tinha. Sinto falta dele chamando meu
nome, de ver ele correndo, andando na bicicletinha dele", afirmou,
emocionada.
Sobre a demora de fornecer
o soro, o Hospital São Vicente de Barbalha disse que por enquanto não vai se
pronunciar sobre o caso.
Já sobre a
distribuição do soro, a Secretaria da Saúde do Ceará (Sesa), afirmou que está
regular. O soro é distribuído a 21 hospitais de referência da região de acordo
com as solicitações das áreas. A pasta lembrou ainda que o Hospital Regional do
Cariri é referência para o atendimento para pacientes que sofreram picadas de
escorpião em Barbalha e outros cinco municípios da região.
Sobre o atendimento
domiciliar que a família precisa, a Secretaria de Saúde do Município assegurou
que tem dado assistência ao paciente desde a internação e já recebeu a
solicitação sobre os profissionais necessários para acompanhar a criança em
casa. Está agendado também atendimento para alguns profissionais e também
atendimento ambulatorial nas clínicas.