O Ministério da Reintegração da Ucrânia divulgou que 19.514 crianças foram ilegalmente deportadas pela Rússia e outras 4.930 estão nos territórios que se encontram ocupados. Nesse sentido, a vice-primeira-ministra do país pediu que os russos não adotassem “crianças que foram roubadas”.
Nas redes sociais, o ministério afirmou que os dados recolhidos devem ser usados por investigadores tanto da Ucrânia quanto de outros países do mundo para processar os responsáveis pela deportação ilegal das crianças.
É importante destacar que as informações são divulgadas no contexto em que o Tribunal Penal Internacional emitiu, no início de março, um mandado de prisão contra Vladimir Putin e Maria Lvova-Belova, comissária russa de direitos da criança. O TPI considera que ambos cometeram crimes de guerra no contexto da deportação ilegal de crianças da Ucrânia.
Em maio do ano passado, o Ministério da Defesa da Rússia afirmou que 3,5 milhões de pessoas tinham sido levadas para o país de Putin, entre elas, mais de um milhão de crianças. Os Estados Unidos, por sua vez, classificou que a Rússia “deportou à força” 260 mil crianças.
Na semana passada, a Ucrânia denunciou que a Rússia tem dificultado o retorno desses menores para suas famílias, mesmo tendo recebido sinais de que o país poderia começar a devolver as crianças. A Rússia, por sua vez, divulgou que 56 crianças ucranianas na Crimeia e em Krasnodar estão prontas para voltar para casa.
