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domingo, 1 de janeiro de 2023

Lula prega papel do Estado na economia, chama teto de estupidez e fala em nova lei trabalhista


O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) fez em seu discurso de posse uma forte defesa do papel do Estado no desenvolvimento econômico do país, inclusive por meio de bancos públicos, “especialmente o BNDES” e das “empresas indutoras de crescimento e inovação, como a Petrobras”. O mandatário pregou a recomposição de verbas do Orçamento, disse que o governo vai retomar obras paradas e falou em uma nova legislação trabalhista.


Foto: Reprodução

O discurso, que contou ainda com críticas ao teto de gastos e ao corte de verbas para políticas públicas durante a gestão de Jair Bolsonaro (PL), aponta para uma agenda econômica alinhada às bandeiras históricas do partido e ao discurso da campanha eleitoral.

Lula defendeu o realismo orçamentário, fiscal e monetário, o controle da inflação, o respeito a contratos e defendeu a cooperação público-privada.

As possíveis mudanças na lei trabalhista serão negociadas com empresários, afirmou Lula após o PT ter dito durante a campanha que a reforma de Michel Temer (aprovada em 2017) seria revogada e ter provocado reações do empresariado e de parlamentares.

“Vamos dialogar, de forma tripartite -governo, centrais sindicais e empresariais- sobre uma nova legislação trabalhista. Garantir a liberdade de empreender, ao lado da proteção social, é um grande desafio nos tempos de hoje”, disse.

Lula afirmou que vai retomar obras paralisadas no país -que, segundo ele, somam mais de 14 mil- além de restabelecer o programa habitacional Minha Casa Minha Vida e estruturar um novo PAC (Programa de Aceleração de Crescimento) para gerar empregos.

Além disso, o presidente disse que serão impulsionadas as pequenas e médias empresas, o empreendedorismo, o cooperativismo e a economia criativa. “A roda da economia vai voltar a girar e o consumo popular terá papel central neste processo”, disse.