Em 1961, Jânio Quadros demonstrou bastante preocupação na eventual partida do Tesouro Nacional (Pelé).
Após a partida do Rei do Futebol na última quinta-feira (29), muitas histórias envolvendo Pelé foram expostas para o público, dentre elas uma se destaca, quando o então Presidente da República em 1961, Jânio Quadros, buscava formas de manter Pelé atuando em solo brasileiro, por medo de perdê-lo para algum clube estrangeiro.
No dia 10 de abril de 1961, Jânio Quadros escreveu um bilhete para o então presidente do Conselho Nacional de Desportos, João Mendonça Falcão. No recado escrito por Jânio, era evidente a preocupação do presidente em perder Pelé e com isso, enfraquecer a atual campeã mundial. O político cobrava uma atitude para que o Rei não partisse do Brasil.
Na época do governo Jânio Quadros, os bilhetes eram marca registrada do chefe de estado, que esteve no comando do Brasil de janeiro até agosto de 61. Era uma forma institucionalizada para que os membros do governo se comunicassem entre si.
Confira o bilhete na íntegra:
“Preocupa-me a reiterada contratação de futebolistas brasileiros por clubes estrangeiros. Desejam, agora, ‘importar’ também Pelé! Cumpre evitar tal processo de enfraquecimento da seleção campeã do mundo, pois a ‘exportação’ de nossos atletas não nos interessa. Aguardo providências.”
Em abril de 1961, Pelé já tinha 20 anos, mas apesar da juventude, o camisa 10 já era uma estrela reconhecida do futebol brasileiro e mundial, além de já ter conquistado uma Copa do Mundo em 58. O Rei também já era multicampeão pelo Santos.
