Nesta quarta-feira, 23, a Suprema Corte do Reino Unido decidiu que a Escócia não poderá realizar um referendo sobre sua independência sem que haja consentimento do parlamento britânico. Em junho, a primeira-ministra Nicola Sturgeon, havia declarado sua intenção em realizar um segundo referendo de independência em outubro de 2023.
Com o referendo, a ideia era tornar a Escócia um Estado independente e membro da União Europeia, bloco do qual o Reino Unido saiu em 2020, no episódio que ficou conhecido como “Brexit”. No entanto, a decisão desta quarta-feira foi unânime e o presidente da Suprema Corte, Lord Reed, afirmou que as leis que criaram o Parlamento escocês em 1998 não atribuíram a ele poder para legislar questões da Constituição.
No Twitter, a primeira-ministra se manifestou afirmando respeitar a decisão, mas estar desapontada. “Uma lei que não permite que a Escócia escolha seu futuro sem o consentimento de Westminster deixa claro que qualquer noção do Reino Unido como uma parceria voluntária é um mito”, escreveu.
Posteriormente, Sturgeon discursou dizendo que em 2024, nas próximas eleições gerais do país, possa-se apresentar um voto pela independência dos escoceses. Manifestações pró independência foram convocadas nesta quarta-feira, espera-se que a maior aconteça fora do Parlamento local, em Edimburgo.
