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terça-feira, 15 de novembro de 2022

Jornalistas da Jovem Pan são hostilizados por bolsonaristas em Brasilia


Nesta terça-feira (15), dois repórteres e um cinegrafista da Rádio Jovem Pan foram ofendidos por cerca de 30 minutos. Os manifestantes gritavam para os jornalistas saírem do local e faziam ameaças. A equipe precisou ser escoltada por soldados para deixar a manifestação de apoiadores do presidente Jair Bolsonaro (PL) que pedem um golpe militar em frente ao quartel-general do Exército, em Brasília.

Uma parte dos apoiadores de Bolsonaro tentava impedir que os repórteres fizessem entradas ao vivo. Outra parte pedia silêncio para que os repórteres falassem. Mas, se “mentissem” na TV, iriam “sofrer as consequências” -a Jovem Pan ficou conhecida como a voz do bolsonarismo e demitiu diferentes profissionais desde o segundo turno das eleições.


Foto: Reprodução

Os manifestantes cobram as Forças Armadas para que promovam um golpe que impeça a posse do presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva (PT). O petista derrotou Bolsonaro, em uma inédita derrota de um presidente que disputava a reeleição no país.

A principal divergência, segundo os manifestantes, era a utilização da expressão “intervenção militar”. Eles argumentam que os atos em frente aos quartéis não pedem isto, e sim uma intervenção federal.

Para os manifestantes, a diferença é que, na intervenção militar, generais assumem o Poder Executivo. Na federal, Bolsonaro permaneceria no governo até a realização de novas eleições.
“Deixa o cara fazer a matéria dele. Se ele falar que a gente quer intervenção [militar], a gente entra de novo. Se mentir, não vai trabalhar”, disse um dos manifestantes.

Os atos antidemocráticos em Brasília chegaram nesta terça ao 15º dia. Caravanas gratuitas de pelo menos oito cidades foram anunciadas pelas redes sociais.