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quarta-feira, 5 de outubro de 2022

Minoria de políticos que foram alvos na Lava Jato foram bem sucedidos nas eleições


Muitos políticos que foram envolvidos em processos da Operação Lava Jato disputaram as eleições para diferentes cargos públicos no último domingo, 02, porém, apenas uma minoria foi bem sucedida. Eduardo Cunha (PTB-SP), Romero Jucá (MDB-RR) e Marconi Perillo (PSDB-GO), por exemplo, tentaram voltar ao congresso, mas não conseguiram.


Foto: Wilson Dias/Agência Brasil

O vice da chapa de Lula (PT), que concorre para presidente no segundo turno, Geraldo Alckmin (PSB), ainda é réu em ação penal na Justiça Eleitoral em São Paulo por desdobramentos da delação da Odebrecht. A investigação é sobre  supostos pagamentos na época em que integrava o PSDB.

José Serra, foi alvo de denúncias também relacionadas a Odebrecht e perdeu as eleições que disputava por um cargo na Câmara dos Deputados. É válido ressaltar que Serra sempre negou que tenha cometido irregularidades e o procedimento foi trancado no STF.

Henrique Eduardo Alves, que ficou preso por quase um ano por suspeita de desvio na Caixa e na construção do estádio de Natal, foi derrotado. O mesmo aconteceu com Garibaldi Alves, que também foi denunciado  pelo Ministério Público Federal em 2017.

Delcídio do Amaral, que foi preso no exercício do mandato sob suspeita de tentar comprar o silêncio de um ex-diretor da Petrobras, também não conseguiu se reeleger no seu estado. Fernando Collor (PTB), réu no STF também no contexto da Lava Jato, perdeu a votação para ser governador de Alagoas.

Por outro lado, Aécio Neves, acusado de corrupção na delação do frigorífico JBS,  conseguiu a reeleição à Câmara por Minas Gerais. Arthur Lira (PP), Aguinaldo Ribeiro (PB), Eduardo da Fonte (PE) e Luiz Fernando Faria (MG) conseguiram vencer o último pleito, todos são suspeitos de integrar o que o MPF chamou de “quadrilhão do PP”. No Rio, André Corrêa (PP), detido em 2018 na Operação Furna da Onça, também conseguiu um novo mandato.