Ontem, 16, uma adolescente de 17 anos, grávida, foi baleada durante uma ação policial na comunidade de Manguinhos, na zona norte do Rio de Janeiro. Ainda não se sabe de quem partiu o disparo, mas, segundo a família, a bala passou a poucos centímetros do bebê.
A adolescente estava na companhia do marido e seguia para a casa da sogra quando tudo aconteceu. O quadro de saúde dela é estável, mas segundo o pai da vítima, a menina teve uma costela fraturada e perdeu parte do fígado.
“A Polícia Militar não pode parar na frente de uma favela e trocar tiro por trocar. Não estava tendo operação. Qual a vez que a polícia vai falar que errou? Nunca. Minha filha infelizmente só vai ser mais uma. O bebê está bem. Ela perdeu um pedaço do fígado e teve a costela fraturada. Acham que todo mundo que mora em favela são maus, lá dentro tem gente de bem”, disse o familiar.
A Polícia Civil segue investigando o caso para determinar de quem partiu o tiro. A fala do pai, no entanto, veio após a Polícia Militar declarar que uma equipe do Batalhão de Ações com Cães estava em patrulhamento quando foi atacada por criminosos armados e revidou. “Eu ouvi o tiro, a gente levou um susto e nisso ela sentou. Quando eu vi, ela já estava sangrando. Peguei ela no colo e levamos pra UPA (Unidade de Pronto Atendimento) de Manguinhos”, relata o marido da vítima.
