Maria Juciana da Silva, de 35 anos, morta
a tiros, na tarde da quinta-feira, 20, em um supermercado do Centro
de Rio Preto, procurou a Delegacia de Defesa da Mulher (DDM) horas antes de
morrer.
Segundo a delegacia especializada da Polícia Civil, a mulher foi
até o local a fim de pedir medida protetiva, pois reclamava de ameaças por
parte do marido.
De acordo com a delegada Margareth Franco, a vítima contou que
estava em discussão desde a última segunda-feira, 17, com o ex-marido, de
quem se separou recentemente. Ela resolveu procurar por ajuda, denunciando que
vinha sofrendo ameaças por parte de José Alves de Lima, com quem teve três
filhos.
A medida protetiva, segundo a DDM, foi encaminhada para o
Ministério Público na tarde da quinta e teria sido concecida pela Justiça nesta
sexta, como segue o protocolo.
Segundo a delegada, o episódio mostra a importância de procurar
a polícia o mais rápido possível. "Ela não acreditava que ele seria capaz
de tamanha violência", disse Margareth, que também relatou que a mulher
não mencionou que ele portava uma arma de fogo, informação que, se dita à
polícia, poderia ter aberto caminho para um mandado de busca imediato.
Horas depois de a mulher procurar a polícia, José foi até o
estabelecimento onde ela trabalhava como segurança e disparou. Segundo
informações de testemunhas, o homem chegou de carro até as proximidades do
supermercado, estacionou o veículo, desceu armado, foi em direção à vítima e
fez os disparos. Logo em seguida, disparou contra o próprio corpo e morreu.
Equipes do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu)
estiveram no local para atender as duas pessoas feridas, mas ambas morreram no
local em decorrência da gravidade dos ferimentos.
Procurado pela reportagem, o supermercado Dia afirmou que está
acompanhando o caso e lamentou "profundamente", enviando as
condolências à família.
O estabelecimento ressaltou, ainda, que está
colaborando com as autoridades locais para a solução do caso, além de prestar
todo o suporte necessário à família da colaboradora.