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quarta-feira, 12 de setembro de 2018

SEMPRE DE BEM COM A VIDA E ALEGRANDO AS PESSOAS

Às dez da manhã um homem fazia malabarismo no sinal. Domingo, dez da manhã. Na calçada, atrás dele, estavam uma mulher e três crianças, que deviam ter entre quatro e oito anos, à sombra. Havia uma garrafa térmica, grande, imaginei que ali houvesse água. As crianças brincavam. Eram uma família. Baixei o vidro, doei algum dinheiro. O homem recebeu o dinheiro, voltou ao perceber a bebê na cadeirinha no banco de trás do carro, fez graça, Luiza sorriu. 
Às treze horas passei de novo pelo mesmo lugar e o homem continuava lá. Maquiagem borrada. Fazendo malabarismo com o mesmo vigor de três horas atrás. As crianças continuavam lá, a mulher continuava lá. 

Pensei em quantas coisas fiz nesse ínterim, lembrei que era domingo, sol a pino. Olhei mais uma vez as crianças.
Meu coração aperta. Dói. Queria poder fazer alguma coisa mais do que doar mais dinheiro. Queria saber que será justo o futuro para aquelas crianças. Queria que a eles a alegria de viver fosse uma garantia.
A gente não dá conta da vida e das formas de viver nesse mundo! Domingo, sol a pino, eles estavam ali. Abençoados sejam!
Eles estavam ali, juntos, num domingo em família ou no malabarismo de existir para certas famílias.