O delegado cearense lotado na
Polícia Civil da Paraíba, Leonardo Machado da
Costa Sousa Carvalho, faleceu neste sábado (11), em Fortaleza, após passar os
últimos três anos em estado vegetativo. Ele
foi atingido por disparos de arma de fogo, em junho de 2015, por um ex-vereador
na cidade de Uiraúna, no Sertão paraibano, depois de uma discussão
num supermecado.
À
época, com 37 anos, o delegado esbarrou no
acusado do crime, Ivamar de Paiva Barreto, quando ambos estavam no comércio. Ao
sair do local, a vítima foi baleada na cabeça e no tórax, no
estacionamento. Leonardo estava acompanhado da mãe e dos dois filhos. Ele foi
socorrido para um hospital em João Pessoa e depois transferido para Fortaleza.
Ivamar
de Paiva Barreto fugiu da cidade, mas foi preso em Ceará-Mirim, no Rio Grande
do Norte, um mês após o crime. Em março de 2017, ele foi condenado
a 13 anos de prisão por porte ilegal de arma, homicídio
tentado duplamente qualificado e crime por motivo fútil. Hoje, ele está preso
no Presídio PB1, em João Pessoa.
Carreira
Leonardo
nasceu no Ceará, se formou em Direito na Universidade de Fortaleza (Unifor) e
morava na Paraíba desde 2005, quando assumiu o cargo de delegado nas cidades de
Cajazeiras, Uiraúna e, posteriormente, Sousa. De acordo familiares, nos últimos
anos, ele respirava com a ajuda de aparelhos, se
alimentava por uma sonda e tinha ataques epiléticos.
A
Associação de Defesa das Prerrogativas dos Delegados de Polícia da Paraíba (Adepdel) manifestou
"profundo pesar pelo falecimento de seu associado", lembrando que
"há três anos Leonardo vinha lutando pela vida, após ter sido, de forma
covarde e vil, alvejado por disparo de arma de fogo".
"Rogamos
a Deus para que receba nosso colega de braços abertos e que dê forças a sua família
- filhos, esposa, irmãs, mãe e demais familiares - para suportar esse momento
tão difícil", diz nota assinada pelo presidente da entidade, Steferson
Gomes Nogueira Vieira
A Associação dos Delegados de Polícia Civil do Estado do Ceará (Adepol-CE) também
destacou que se solidariza com familiares e amigos do Delegado. "Leonardo
Machado era cearense, mas prestava serviços à sociedade paraibana através da
Polícia Civil. Trata-se de um crime que deixou não somente os parentes
enlutados pela morte prematura de um profissional da Segurança Pública, mas
todos os cidadãos paraibanos", manifestou-se.
Fonte-Diario do Nordeste