Usuarios On-line





domingo, 12 de agosto de 2018

Corações ao Alto: Dom Fernando Panico celebra 25 anos de Ordenação Episcopal

Em 14 de agosto de 1993, Dom Fernando Panico, Missionário do Coração de Jesus, foi ordenado Bispo para a Santa Igreja, e hoje recorda 25 anos deste momento especial.
Sentindo muito de perto o afeto dos fiéis e do clero diocesano de Crato, os quais ele guiou por quinze anos, Dom Panico rendeu graças a Deus por tão grande responsabilidade eclesial, em Missa concelebrada com os outros bispos, dentre eles o seu sucessor, Dom Gilberto Pastana. Dom Edimilson Neves, bispo de Tianguá e Dom Geraldo Nascimento, bispo emérito da Arquidiocese de Fortaleza também se fizeram presentes à Cerimônia Eucarística, que teve início ao anoitecer deste sábado (11/08), na Sé-Catedral Nossa Senhora da Penha.
“Meu coração se enche de alegria por estar, novamente, com vocês, celebrando a nossa fé em Jesus, o Bom Pastor. Renovo meus sentimentos, cordiais, de gratidão. Revivi memórias, vivi saudades, sobretudo, renovei, com vocês, o meu compromisso de fidelidade ao dom da vocação, ao dom da vida”, considerou Dom Fernando.
Como a festividade de seus 25 anos de bispo se dá, justamente, no Ano Nacional do Laicato, “glória e honra da nossa Igreja”, Dom Fernando convidou a religiosa pertencente à Ordem das Cônegas de Santo Agostinho, Irmã Annette Dumoulin, para proferir a homilia.
Homenagens
Dentre as homenagens feitas a Dom Fernando, por ocasião de seu 25º aniversário de Ordenação Episcopal, estavam três mensagens: a primeira, assinada pelo Presidente da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), Cardeal Sergio da Rocha; a segunda, encaminhada pelo Núncio Apostólico, Dom Giovanni d’Aniello, e a última escrita pelo pelo Papa Francisco (em Latim, traduzida para o Português). Todas agradeciam a dedicação de Dom Fernando ao mistério episcopal.
Dom Gilberto e Dom Edimilson, igualmente, expressaram congratulações. O pastor de Crato lembrou que “ser bispo não é uma vontade pessoal, mas alguém que é escolhido, pelo Senhor, para cuidar do povo”. Neste sentido, agradeceu a Deus pelo dom da vida de seu antecessor, sua presença acolhedora, paterna e amiga. Depois entregou uma cópia dos documentos da Menina Benigna Cardoso e um quadro com o ícone de Jesus Crucificado. Já Dom Edimilson falou da graça de comemorar,  festivamente, esse acontecimento de grande significado para Dom Fernando e a Igreja de Crato, cujo ministério, é marcado, sobretudo pela “fecundidade”. “Aqui vivemos experiências de Liturgias muito belas, dando, a mim, a graça de ser ordenado pelo Senhor”.
A Diocese de Floriano (PI), primeira diocese pastoreada por Dom Fernando, e a Arquidiocese da Paraíba, onde ele reside atualmente, também unem-se, de modo jubiloso, nos dias 12 e 14 deste mês de agosto, respectivamente.
Trajetória
A partir do lema episcopal “Corações ao Alto”, derivado da introdução à Oração Eucarística, na Igreja de Crato, abençoada pela doçura, encanto e amor da “Mãe da Penha”, Dom Fernando Panico confirmou seu projeto pastoral de caracterizar a diocese como “Romeira e Missionária”, e deu grandes demonstrações de fé e de confiança em Deus: “Recolho as redes no barco, depois de uma longa noite de pescaria com vocês”, escrevera, em sua última carta pastoral, que caracterizou como “de despedida e de ação de graças”.
Entre as importantes missões que desempenhou a serviço dessa Igreja, destaca-se a valorização das romarias, passando pelos estudos sobre o Padre Cícero, as Santas Missões Populares, o 13º Intereclesial das Comunidades Eclesiais de Base, a construção da Fazenda da Esperança (no município de Mauriti), o incentivo à formação litúrgica, por meio do curso “Nordestão de Liturgia”, a carta, escrita em nome do Papa Francisco, que fez cessar as punições impostas à figura do Padre Cícero, reconciliando, de forma histórica, a Igreja com o “padim” dos romeiros, entre outros feitos.
Naturalizado brasileiro, Dom Fernando nasceu em 01 de janeiro de 1946, em Tricase, no sul da Itália. Fez seus estudos em Roma, onde foi ordenado sacerdote no dia 31 de outubro de 1971. Em 13 de dezembro de 1974 chegou ao Brasil, como missionário no Estado do Maranhão. Lá permaneceu até 02 de junho de 1993, quando foi nomeado, pelo Papa João Paulo II, Bispo de Oeiras-Floriano, no Piauí.