Depois e muitas idas e vindas - na verdade mais idas do que vindas - o governador Camilo Santana enfim escolheu o seu pré -candidato a prefeito do Crato. Após acertar com todos os pré-candidatos que a fórmula para resolver tal imbróglio seria a realização de uma pesquisa de intenção e voto, o governador colocou em campo os instrumentos para medir e dar alguma pista de quem teria as melhores condições para disputar a prefeitura do Crato representando a sua base política.
Pesquisa realizada e com o resultado na mão, o governador chamou nesta sexta-feira(24) todos os pré-candidatos da sua base e apresentou-a. Ladeado pelo ex-governador Cid Gomes, por Domingos Filho e José Guimaraes; Camilo abriu o debate.
Como já era de se esperar, o Deputado Estadual José Ailton Brasil levou a melhor. Detentor de mandato legislativo e com um bom recall conseguido na última eleição, era de longe o que tinha maior visibilidade na cidade, e consequentemente teria também na pesquisa.
A surpresa ficou por conta da proposta do candidato a vice. O nome apontado pelo governador e demais líderes foi o do ex-vereador André Barreto. Essa indicação não foi capaz de unificar a base; pois o PT e o PC do B, de antemão não concordaram com tal proposta. Falando pelo PC do B o professor Cacá Araújo ponderou que era impensado realizar uma campanha no Crato onde as esquerdas tivessem fora da chapa majoritária, pois a representatividade que a mesma ocupa no governo do estado, e na sociedade lhes garante o espaço. Nesse sentido, afirmou que levará a proposta para a direção e os filiados do partido no Crato decidirem.
Em nome do PT falou o presidente Pedro Lobo. O mesmo afirmou que pela densidade eleitoral, pela forte militância e pelo vínculo estreito que possui com os movimentos sociais, o PT estar credenciado para ocupar um espaço na chapa majoritária. "Temos o segundo maior tempo de rádio, temos uma militância que empolga e vai para rua não só para pedir votos, mas para discutir com a população propostas e políticas públicas que possam mudar a vida das pessoas". Pedro Lobo afirmou ainda que o PT tem uma metodologia própria para tomar as suas decisões, que passa pela realização de encontros municipais com os filiados e votações que defini a tática eleitoral, a política de alianças e a formação da chapa para disputa eleitoral, apresentando ou não candidatos a prefeito, vice e vereadores. "Nós temos um calendário próprio, que inclusive já foi aprovado pelo Diretório Municipal e devidamente informado à instância estadual do partido. Vamos levar o resultado dessa reunião para discutir com o conjunto do partido, e após essa discussão definiremos qual será nossa oposição na disputa eleitoral de 2016 na cidade do Crato". Finalizou Pedro Lobo.
